Correntistas não sabem da importância que, assim como ocorre na telefonia, podem migrar sua dívida de um banco para outro, renegociando taxas .
Consumidores que pagam juros exorbitantes ignoram um importante instrumento para barganhar com bancos e obter queda da taxa paga pelo dinheiro emprestado, com a opção de migrar a dívida para outra instituição financeira.
Desde 2007, foi autorizado, pelo Banco Central (BACEN), a portabilidade da dívida, assim como a portabilidade do telefone em que o cliente leva seu número de uma operadora para outra do sistema de telefonia móvel celular. A potabilidade da dívida é uma arma nas mãos dos correntistas e consumidores.
Não há como obrigar uma instituição financeira a aceitar uma dívida contraída em outro banco. Porém, o banco está obrigado a ceder a dívida para outro. A partir daí vale pesquisar, barganhar e buscar a melhor negociação, que é pagar menos juro.
A grande maioria das pessoas desconhece a portabilidade da dívida. Mais conhecida é a portabilidade do telefone, que permite migrar de uma operadora para outra, ou mesmo do plano de saúde. O desconhecimento da portabilidade de débito também se deve ao fato de muitos trabalhadores receberem salários no banco com o qual faz todas as suas transações. Portanto, não pesquisam as taxas e vantagens oferecidas pelo mercado.
ORIENTAÇÕES
Os economistas entende que a instituição financeira tem interesse em receber a dívida contraída em outro banco. Gallo, cientista econômico, argumenta que o cliente trará a dívida e outras operações financeiras (juros, taxas, etc.).
O economista exemplifica, como risco, a dívida de cheque especial. Normalmente, a taxa do cheque especial é mais elevada em toda a rede bancária brasileira porque não há garantia caso a pessoa não pague; diferente de um financiamento de um carro ou um imóvel, em que há um bem oferecendo lastro para a dívida. “Se a pessoa não tem nenhum patrimônio, o risco é total”, avalia. O economista lembra que quem paga juro alto acaba cobrindo o rombo da inadimplência de quem não paga, por isso, o cheque especial é o vilão do segmento de empréstimos.
Mas há o alerta de que o primeiro critério que a pessoa deve considerar ao assumir uma dívida é pagar a menor taxa e não pensar de forma imediatista, a exemplo, se as parcelas cabem em seu orçamento. Resolver um problema a curto prazo não significa que conseguirá suportar a carga de juro “comendo” sua renda.
Sugerem que o cliente verifique com o banco que trabalha se não há, na carteira de produtos, uma opção com taxa mais interessante. Ao invés de migrar de banco, migra-se do cheque especial para, por exemplo, um financiamento de 12 meses.
“De repente, a taxa cai de 9 a 10% ao mês para 4% a 4,5% ao mês”, projeta.
O economista recomenda a portabilidade da dívida como uma opção para ser avaliada em que se busque o menor custo do débito.
BACEN VÊ VANTAGEM AO CONSUMIDOR
É revelada a arma dos correntistas, visto que o banco de origem da dívida não quer perder seus juros e demais acréscimos. Estudos revelam que, mais do que a movimentação, a portabilidade trouxe poder maior de barganha do cliente com seu banco. O BACEN expoe que o cliente acaba não migrando sua dívida porque ganhou vantagens diretas e indiretas, como a diminuição de juro apenas com a ameaça de trocar de banco. O economizado no final é deslumbrante.
ALERTA AO CONSUMIDOR
Perguntado sobre o assunto, o Banco do Brasil afirmou que o cliente pode migrar, mas ressalta que não conseguirá condições especiais apenas porque migrou e terá que adquirir outros produtos da instituição que aceitou sua dívida. Nesse sentido, deve o consumidor avaliar se compensa realmente a migração, pois, por si só, a portabilidade da dívida já é um atrativo para os bancos, já que eles passam a receber os juros capitalizáveis e demais acréscimos.
Fonte: www.jcnet.com.br - 12/06/2011
Consumidores que pagam juros exorbitantes ignoram um importante instrumento para barganhar com bancos e obter queda da taxa paga pelo dinheiro emprestado, com a opção de migrar a dívida para outra instituição financeira.
Desde 2007, foi autorizado, pelo Banco Central (BACEN), a portabilidade da dívida, assim como a portabilidade do telefone em que o cliente leva seu número de uma operadora para outra do sistema de telefonia móvel celular. A potabilidade da dívida é uma arma nas mãos dos correntistas e consumidores.
Não há como obrigar uma instituição financeira a aceitar uma dívida contraída em outro banco. Porém, o banco está obrigado a ceder a dívida para outro. A partir daí vale pesquisar, barganhar e buscar a melhor negociação, que é pagar menos juro.
A grande maioria das pessoas desconhece a portabilidade da dívida. Mais conhecida é a portabilidade do telefone, que permite migrar de uma operadora para outra, ou mesmo do plano de saúde. O desconhecimento da portabilidade de débito também se deve ao fato de muitos trabalhadores receberem salários no banco com o qual faz todas as suas transações. Portanto, não pesquisam as taxas e vantagens oferecidas pelo mercado.
ORIENTAÇÕES
Os economistas entende que a instituição financeira tem interesse em receber a dívida contraída em outro banco. Gallo, cientista econômico, argumenta que o cliente trará a dívida e outras operações financeiras (juros, taxas, etc.).
O economista exemplifica, como risco, a dívida de cheque especial. Normalmente, a taxa do cheque especial é mais elevada em toda a rede bancária brasileira porque não há garantia caso a pessoa não pague; diferente de um financiamento de um carro ou um imóvel, em que há um bem oferecendo lastro para a dívida. “Se a pessoa não tem nenhum patrimônio, o risco é total”, avalia. O economista lembra que quem paga juro alto acaba cobrindo o rombo da inadimplência de quem não paga, por isso, o cheque especial é o vilão do segmento de empréstimos.
Mas há o alerta de que o primeiro critério que a pessoa deve considerar ao assumir uma dívida é pagar a menor taxa e não pensar de forma imediatista, a exemplo, se as parcelas cabem em seu orçamento. Resolver um problema a curto prazo não significa que conseguirá suportar a carga de juro “comendo” sua renda.
Sugerem que o cliente verifique com o banco que trabalha se não há, na carteira de produtos, uma opção com taxa mais interessante. Ao invés de migrar de banco, migra-se do cheque especial para, por exemplo, um financiamento de 12 meses.
“De repente, a taxa cai de 9 a 10% ao mês para 4% a 4,5% ao mês”, projeta.
O economista recomenda a portabilidade da dívida como uma opção para ser avaliada em que se busque o menor custo do débito.
BACEN VÊ VANTAGEM AO CONSUMIDOR
É revelada a arma dos correntistas, visto que o banco de origem da dívida não quer perder seus juros e demais acréscimos. Estudos revelam que, mais do que a movimentação, a portabilidade trouxe poder maior de barganha do cliente com seu banco. O BACEN expoe que o cliente acaba não migrando sua dívida porque ganhou vantagens diretas e indiretas, como a diminuição de juro apenas com a ameaça de trocar de banco. O economizado no final é deslumbrante.
ALERTA AO CONSUMIDOR
Perguntado sobre o assunto, o Banco do Brasil afirmou que o cliente pode migrar, mas ressalta que não conseguirá condições especiais apenas porque migrou e terá que adquirir outros produtos da instituição que aceitou sua dívida. Nesse sentido, deve o consumidor avaliar se compensa realmente a migração, pois, por si só, a portabilidade da dívida já é um atrativo para os bancos, já que eles passam a receber os juros capitalizáveis e demais acréscimos.
Fonte: www.jcnet.com.br - 12/06/2011
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