O fim do ano está chegando e, com ele, as tão esperadas férias. Se você já comprou o seu pacote ou já pagou tudo para viajar e só aguarda para fazer as malas, esta reportagem não é para você. Faltando pouco menos de dois meses para o período de festas, quem não sabe o que vai fazer vai pagar mais caro nesta altura do campeonato.
Na hora de viajar, não importa para onde, com quem ou quando, o ideal é se antecipar. O planejamento é a melhor ferramenta para economizar dinheiro e evitar transtornos.
O consultor de finanças pessoais André Massaro, da Money Fit, afirma que a partir de outubro e do começo de novembro, o turismo entra em alta temporada (e acontece o mesmo na época de julho), que é quando as pessoas costumam tirar férias e viajar mais. Por causa disso, a procura aumenta e os preços sobem.
Alta temporada é a hora que as empresas e trabalhadores do segmento de turismo vão aproveitar o efeito econômico de quando a demanda fica maior que a oferta para tirar proveito. É difícil negociar preço nessa época e o tempo está contra você, porque quanto mais próximo da data da viagem, mais caro fica.
Luciana Fioroni, gerente de vendas da agência de turismo CVC, afirma que não é aconselhável fazer a programação da viagem em cima da hora. Isso porque tem muitas coisas que têm que ser levadas em conta antes de fechar o zíper da mala: passagem, hospedagem, roteiro de passeio, documentação, cuidados com a saúde e a reserva para gastos no destino.
E o maior problema é acabar faltando uma dessas coisas.
As melhores oportunidades sempre acabam antes. Em cima da hora, você corre o risco de não encontrar o produto que quer, e se achar, não terá o valor visto antes. Um bilhete de avião para Buenos Aires [Argentina] para daqui 15 dias sai, hoje, por US$ 1.200. Comprado um ano atrás, sairia por US$ 400.
PASSEIO OU DESCANSO?
Luciana diz que vende pacotes de viagem com até um ano de antecipação. Massaro defende que o planejamento ideal deve ter um prazo parecido com esse, porque dá para escolher até a época na qual vai viajar – se vai ser na alta temporada, com preços maiores e grande movimento de pessoas, ou na baixa, quando as coisas são mais em conta e o sossego é maior.
A primeiríssima coisa que alguém deve fazer é definir qual o objetivo da viagem. Costumo separar em duas categorias: de passeio e de descanso. Quando você vai para um lugar para fazer um monte de coisa, não precisa contratar um hotel cinco estrelas porque o que você precisa é um lugar para dormir e deixar as roupas. Quem vai com o objetivo de relaxar, precisa investir na estrutura mais cara, mas não vai precisar de tantos passeios. Tendo em mente o objetivo, já ajuda a gastar melhor.
Para quem vai para fora do país, não pode deixar tudo para a última hora porque alguns destinos pedem passaporte – e quem não tem, precisa de tempo para tirar, e o documento também custa. Há países, como os Estados Unidos, que exigem visto para deixar os brasileiros desembarcarem.
COMPRAS NO EXTERIOR
Trocar o dinheiro pela moeda local ou carregar um cartão pré-pago são estratégias vantajosas quando feitas antecipadamente. A orientação é a de que o turista tenha em mente o valor extao de quanto será gasto lá fora.
Para economizar, é preciso que o viajante conheça as novas alíquotas do IOF (Imposto Sobre Operações Financeiras) incidentes sobre cada compra no exterior.
Quem decidir levar dinheiro para destinos internacionais por meio dos cartões pré-pagos, disponibilizados pelos bancos, vai economizar 6% de IOF.
Enquanto as compras realizadas em um cartão convencional internacional são taxadas em 6,38%, quem usar o cartão pré-pago só pagará 0,38% sobre cada transação.
A mesma alíquota é cobrada quando a compra é paga por meio de cartões de débito convencionais, traveller checks ou dinheiro.
Os especialistas são unânimes em dizer para evitar a moeda em espécie. Vale a dica: dinheiro vivo, só para um café no aeroporto e o táxi até o hotel, se for o caso.
Nesse sentido, também vale planejar o que vai trazer na bagagem de volta e levar o dinheiro exato. Isso evita o descontrole por causa da quantidade de itens disponíveis, permite um gasto consciente nas compras e minimiza os problemas das contas do começo do ano, como explica o consultor em finanças.
Como o começo do ano é uma época com muito imposto e pode fazer começar o ano errado. E começar errado é quase certeza que vai terminar no vermelho.
PACOTE OU LIVRE?
Em cima da hora, é difícil até decidir se um passeio local vai sair caro ou barato. Com o planejamento, dá para medir a “margem de segurança” para comprar o sorvete do filho, o lanche fora de casa, uma roupa extra ou qualquer outra lembrancinha sem estourar o orçamento.
Fonte: R7
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